Walachai - Celebrando a imigração com cinema
[caption id="attachment_3493" align="aligncenter" width="640"] O documentário Walachai, da diretora gaúcha Rejane Zilles, foi exibido no último dia 30 de julho, no Salão Olho D’Água da APUSM[/caption]
Por Lorenzo Franchi*
Quem gosta de assistir um bom filme e de conhecer um pouco mais sobre a imigração alemã no Rio Grande do Sul, não deixou de assistir o documentário Walachai, da diretora gaúcha Rejane Zilles, que foi exibido no último dia 30 de julho, no Salão Olho D’Água da APUSM
O filme retrata a imigração germânica ao colocar em foco os habitantes de uma pequena comunidade rural no Rio Grande do Sul, onde seus habitantes se comunicam somente em um antigo dialeto alemão, hoje já extinto na Europa. O amor pela terra, às dificuldades e peculiaridades dos imigrantes são os aspectos mais expressivos na obra audiovisual.
“Sou um estudioso do Brasil e o filme apresentou um recorte da vida no país que poucos conhecem. O imigrante não tinha espaço e sua cultura é, hoje, distinta das duas nações, tanto do Brasil quanto da Alemanha, além de não falarem nem o português e nem o alemão, não conhecerem nada da sua pátria mãe, e mesmo assim serem brasileiros natos. É fascinante”, afirma Adilvo Paim Filho, consultor, 60 anos.
Sirlei Rodrigues Dalla Lana, advogada e também integrante da comissão social da APUSM, ressalta que “o filme faz refletir sobre nossos princípios ao retratar a valorização da terra, essa inclusão externada do permanecer no interior e se criar vínculos para uma vida toda é raridade no cenário contemporâneo”.
Quando questionada sobre o evento, a advogada salienta que hoje em dia a Associação tem uma nova visão de mundo. Ela quer atrair e englobar a sociedade num contexto cultural, que outrora foi idealizado e agora está sendo fomentado.
A apresentação do documentário Walachai, seguido de uma degustação de cucas, salsichas bockwurst, linguiças e demais iguarias da etnia alemã, integraram as comemorações santa-marienses aos 190 anos da Imigração Alemã no Rio Grande do Sul.
*Lorenzo Franqui é estagiário de Jornalismo na APUSM