A Sala de Emprego dessa segunda-feira (28) fala sobre o crescimento do ensino a distância no Brasil. Em um ano houve um aumento de mais de 50% nas matrículas desse tipo de curso. Segundo dados do Censo de 2012, são quase seis milhões de estudantes matriculados em algum curso de educação à distância.
Airton Lambert tem 53 anos e é formado em direito. Quando assumiu o departamento de inglês em uma escola, ele sentiu falta de uma formação mais específica e voltou para a faculdade para fazer pedagogia à distância.
Carlos Longo, diretor da Associação Brasileira de Educação a Distância, participou de uma conversa no site do JH e respondeu dúvidas sobre o tema.[Confira]
Os vídeos das aulas do Airton são gravados em um estúdio da universidade. Ele também tem acesso às apostilas, pode conversar por email, na sala de bate-papo ou pelo telefone. “As dúvidas podem aparecer em um momento que o professor não está online, mas ele é totalmente acessível e esse canal está aberto. No momento da prova presencial, é o único momento em que o aluno tem que se deslocar e ir até o pólo de inscrição”, explica Daniela Bartolo, coordenadora do curso.
De acordo com uma pesquisa sobre educação à distância, que ouviu mais de duas mil pessoas em 143 municípios, 79% aprovaram o ensino como solução para levar educação a mais pessoas. Seis por cento fizeram um curso à distância e desses, 17% já tinham uma faculdade.
A flexibilidade de horário e o preço mais em conta foram os principais motivos para a escolha do curso. Foi justamente o conforto que atraiu Airton. Estudando em casa, ele não precisa enfrentar o trânsito de São Paulo. É o primeiro ano de faculdade, mas ele já vê resultados: “O conhecimento que eu adquiri nessas aulas me ajudou bastante. Eu consegui falar sobre alunos que têm transtorno global de desenvolvimento, como realmente entender a dificuldade desses alunos em um curso regular, então está sendo importante para mim”.
Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Ensino à Distância mostra que os cursos mais procurados são os de pós-graduação (53%), seguido dos de nível médio profissionalizante (32%) e os de graduação (26%).
As áreas mais buscadas são ciências sociais e educação. As mulheres são maioria nos cursos à distância (51%), metade dos estudantes tem entre 18 e 30 anos e 85% dizem conciliar o estudo com o trabalho.
Fonte: G1/Jornal Hoje.