Dica de literatura com Aguinaldo Severiano: Coltrane e os traços de Parisi

  [caption id="attachment_7499" align="aligncenter" width="640"]John Coltrane. Foto reprodução internet John Coltrane. Foto reprodução internet[/caption] Professor Aguinaldo Severiano [caption id="attachment_7498" align="alignright" width="203"]Capa do livro: Coltrane Capa do livro de Paolo Parisi: Coltrane[/caption]  "Coltrane" é uma biografia ficcional das boas, um daqueles livros que você aproveita completamente. A história é muito bem contada e o traço de Paolo Parisi especial. Parisi é jovem, tem pouco menos de quarenta anos, é um ilustrador e designer italiano que se dedica ao mundo da música. De alguma forma ele tenta capturar a complexidade do som de John Coltrane e fixá-lo em seus desenhos. Ele identifica um livro de Lewis Power (John Coltrane: His Life and Music, de 2000) como a sua referência básica, mas usa também transcrições de entrevistas com Coltrane e relatos sobre algumas de suas sessões de gravação. A narrativa não é linear. Parisi experimenta um bocado a forma, alterna esquetes dramáticos e líricos, avança e retrocede no tempo, apresentando alguns dos momentos chave da vida de Coltrane. O livro segue a estrutura de um dos álbuns mais icônicos de Coltrane (o fenomenal "A Love Supreme"). Claro que segui a sugestão dele é tentei conectar a leitura de sua graphic novel com a audição do disco. [caption id="attachment_7500" align="alignright" width="227"]Capa do LP mitológico do jazz: A Love Supreme Capa do LP mitológico do jazz: A Love Supreme, de john Coltrane[/caption] O livro inclui bibliografia, discografia e videografia de Coltrane. Ouro fino e puro. É possível ler as primeiras páginas do livro no ISSUU. Vale. "Coltrane", Paolo Parisi, tradução de Rogério de Campos, São Paulo: editora Veneta, 1a. edição (2015). John William Coltrane – músico e compositor considerado quase que unanimemente como o maior sax tenor do jazz e um dos maiores compositores deste gênero de todos os tempos. Sua musicalidade é uma referencia para várias gerações. Ele recebeu uma citação especial do Premio Pulitzer de Música, em 2007, por sua "perita improvisação, musicalidade suprema e um dos ícones centrais na história do jazz".   *Artigo publicado originalmente no Jornal da APUSM de maio de 2016

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