Extensão será obrigatória no currículo dos cursos de graduação

Um dia inteiro para discutir as políticas e projetos de extensão universitária e encaminhar iniciativas em conjunto com a sociedade local. Assim desenvolveu-se o evento Diálogos com a Extensão, promovido pela UFSM em Frederico Westphalen, no dia 26 de novembro, no auditório do Colégio Roncalli. Um dos principais pontos levantados na ocasião foi a obrigatoriedade de que, a partir de 2020, os cursos de graduação das universidades brasileiras dediquem no mínimo 10% de sua grade curricular a atividades de extensão. Esta exigência foi estabelecida pelo Plano Nacional de Educação, em sua estratégia 12.7 – a qual consta nos anexos da lei.

Na ocasião, foram discutidos os rumos para o futuro, a situação atual e o legado de experiências passadas da área de extensão, um dos pilares da estrutura das instituições de ensino superior do país. Na opinião da pró-reitora de Extensão da UFSM, Teresinha Heck Weiller, a inserção da extensão na grade curricular dos cursos vai provocar uma mudança na realidade das universidades, seja pelo maior engajamento dos alunos nestas atividades, seja pelo aumento dos recursos concedidos a elas.

Pró-reitora de Extensão falou sobre os principais desafios da área nos próximos anos (crédito foto: Maira Dill/Agência da Hora)

“A curricularização da extensão vai tirar o aluno da sala de aula e levá-lo a interagir com a sociedade, na mesma medida em que ao criarmos grandes projetos transversais, se produzirá uma interação maior entre as áreas. A instituição só será legitimada se fizer diferença na vida das pessoas. É uma postura ética de uma instituição pública. Sem a extensão, a universidade não é universidade, não cumpre a sua função social”, afirmou a pró-reitora na abertura do encontro, ao falar sobre as políticas nacionais de extensão.

Em outras intervenções realizadas ao longo do evento, a professora Teresinha Weiller anunciou ainda que trabalha na criação de duas revistas na UFSM para a divulgação das atividades de extensão, uma de cunho mais jornalístico e outra acadêmica. Explicou também o funcionamento dos principais fundos e programas de financiamento na área, como o Fiex e o Proext.

Ao final, a pró-reitora afirmou que a universidade realiza muitas ações na área e que este número tende a crescer devido à evolução da atividade extensionista nas instituições públicas.

“Além da curricularização, hoje a universidade tem de interagir com a sociedade. Isto deve ocorrer em um território, promovendo o desenvolvimento urbano ambiental, trabalhando na geração de trabalho e renda. É o nosso desafio”, disse a professora.

Projetos apresentados – O evento também contou em sua abertura com presença do prefeito Roberto Felin Jr. e do vice-diretor do Centro de Educação Superior Norte do RS (Cesnors), Rafael Lazzari. Após as falas iniciais, houve a entrega de um prêmio para o filme “Porongos da Linha Felin”, documentário produzido pelo projeto de extensão Entre Linhas, do curso de Jornalismo do campus de Frederico Westphalen.

A seguir, foram apresentados ao público alguns dos órgãos mais atuantes da região, como cooperativas, empresas de comunicação e diversas ações de Extensão da UFSM, de forma intercalada, estimulando o debate com a sociedade em geral e com os professores e alunos da universidade.

Fonte: Agência Da Hora.

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