Estudantes e psicóloga indicam plano de estudos a poucas semanas do Enem

Equilibrar revisão e descanso é fundamental para que o aluno disponha de condições físicas e psicológicas de realizar um bom exame

Faltando pouco mais de duas semanas para o Enem, não é mais hora de aprender conteúdos novos: este é o momento de revisar o que você viu ao longo do ano. E pode parecer contraproducente, mas quem está acostumado a acompanhar os alunos neste momento decisivo garante: descansar é tão fundamental quanto estudar nos dias que antecedem as provas. Nem por isso, porém, é preciso deixar os livros e exercícios de lado.

Ainda que haja lacunas nos conhecimentos do Ensino Médio adquiridos até aqui, o mais indicado é praticar em cima daquilo que já foi abordado em sala de aula. As matérias que você domina podem agora ficar restritas à resolução de provas passadas, mas naquelas em que se percebe dificuldades vale retomar a leitura e recorrer às anotações – para que, assim, se possa fixar quaisquer assuntos ainda não bem compreendidos. Tudo equilibrado com descanso.

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– A prova do Enem é reconhecidamente superextensa, exaustiva, com questões muito longas. Não dá para chegar nela cansado. Nessas semanas que faltam, o aluno tem é de diminuir o ritmo de estudos – afirma Márcia Fischer Vieira, psicóloga do Unificado MED.

Ela explica que atendeu diversos casos de estudantes que perderam a prova ou foram muito mal por fatores emocionais: o estresse, a tensão e a pressão acabam interferindo no desempenho e determinando um resultado negativo que poderia ser superado.

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O estudante Thomas Maahs sabe bem disso. Atualmente no segundo semestre de Medicina na Universidade Federal de

Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), ele conta que fez o Enem quatro vezes, desde o início do Ensino Médio, e ao longo dos anos foi se preparando emocionalmente para a prova.

– É uma corrida contra o relógio: antes mesmo de começar, eu tinha de calcular o tempo que teria para responder toda a prova – diz Thomas, 19 anos.

Aspirante a uma vaga no mesmo curso, Adriano Barros Gonçalves conta que procura seguir um cronograma, estudando algumas horas por dia, principalmente as matérias que menos domina – e aquelas que têm mais peso para definir seu ingresso. Além do foco nas áreas em que se considera "fraco", a dica de Adriano é fazer simulados periodicamente, mas também ler sobre assuntos variados e buscar atividades de lazer:

– Nessas semanas finais eu procuro não me cansar. Nos momentos de lazer também se aprende. Mesmo estudando todo dia, é bom deixar os livros um pouco de lado.

Fonte: Diário de Santa Maria.

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