Da nossa janela - Uma crônica de Máximo Trevisan

                                  [caption id="attachment_8691" align="aligncenter" width="426"]Foto Ricardo Ritzel APUSM Comunicação Foto Ricardo Ritzel APUSM Comunicação[/caption]                                                                               Máximo José Trevisan*
  1. Da solidão
Ninguém é só quando tem ao seu dispor um número de celular, um e-mail para atravessar distâncias, um whats up para trazer o de longe para perto, o invisível para alimentar o olhar, a voz para quebrar o silêncio indesejado.
  1. Dos cargos e dos ocupantes
Há homens e mulheres que têm o tamanho dos seus cargos. Há homens e mulheres que são menores do que seus cargos. Há homens e mulheres que são maiores do que seus cargos.
  1. Do casamento – ontem e hoje
Ontem, quase todos casavam para sempre. Hoje, importam, a cada dia,  decisões de amor, pequenas às vezes, quase insignificantes não raro, mas sempre necessárias para que o óleo da lamparina não termine e a luz não se apague, deixando de iluminar o necessário encontro dos afetos. Ontem, quase todos casavam até que a morte os separasse. Hoje, não. Um acontecimento menor, uma colisão de interesses, uma briga de impacientes, um sexo mal começado ou mal terminado, um silêncio inoportuno de gestos de amor não feitos, eis rompido o elo dos sentimentos e valores maiores. Ontem, quase todos casavam na igreja para que Deus, o padre e os convidados presenciassem o pacto do amor. Hoje há quem faça do clube um templo, da festa a liturgia do provisório, e dos convidados as testemunhas do começo de um amor que se “pretende eterno enquanto dure...”
  1. Do lazer e do prazer
Disse Chantal Thomas: “Na sociedade moderna há muito lazer e pouco prazer.”
  1. Do muito e do pouco
É verdade (no fundo todos sabemos): precisamos de tão pouco para viver, mas hoje, mais do que ontem, tudo nos leva a crer que carecemos do muito para ser feliz. Pura sabedoria? Pura bobagem?
  1. Dos melhores desejos
Gostaria de ter mais humor, de não ser tão sério. Gostaria de não me dar importância, mesmo quando a vaidade exige espaço e vez. Gostaria de não gastar tempo, nem talento e saúde no que não vale a pena. *[email protected]; advogado, membro da ASL.      

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