Artigo de Eloisa Antunes Maciel - Por que a França é alvo do terror?

[caption id="attachment_6922" align="alignright" width="640"]Foto reprodução Le Monde Foto reprodução Le Monde[/caption]   Eloisa Antunes Maciel   França... Nação cujos habitantes tiveram origens comuns - relacionadas aos territórios “incorporados” entre si, sendo que entre esses, os gauleses teriam se destacado por suas participações marcantes na construção da antiga - atual nação do Velho Continente. França nem sempre pacífica em sua história por vezes mesclada de heroísmo e feitos questionados por facções, nações estrangeiras e por membros de mesmas hostes – partidárias ou “sectárias”, de indivíduos de nacionalidade tradicional ou descendentes de emigrantes – desde os tempos remotos... França – que em meio a vitórias e derrotas, marchas e contramarchas, progressos acentuados e alguns períodos de estagnação – geralmente superados por iniciativas, empenho e heroicas atuações de seus filhos assumidamente patriotas – manteve um saldo positivo em sua curva de desempenho articulado no contexto das nações pacíficas do Continente Europeu. França afirmativa desde reis (alguns despóticos) a imperadores impetuosos (como Bonaparte), de heróis reconhecidamente notáveis (como De Gaule) e, posteriormente de presidentes cujos estilos de governo se afirmaram – ou declinaram – em decorrência da participação dos cidadãos franceses nos processos decisórios que vieram a marcar a trajetória da nação e afirmá-la no contexto universal... França – cuja participação no contexto das nações civilizadas do Velho Mundo teve seus méritos e reconhecimento também universal nos diversos planos do conhecimento humano, destacando - se no plano artístico-cultural, no político-social e, entre outros, no plano da justiça- também no contexto internacional... Nesse intento participou de Guerras que foram decisivas para a Segurança Universal - como a Segunda Guerra Mundial e seus desdobramentos históricos... Em que tenha pesado algum saldo negativo a seu desfavor nessas diversas – e diferenciadas- participações, seus méritos foram- cedo ou tarde reconhecidos pela maioria de seus antigos adversários... Sua história afirmou-se progressivamente no tempo e na História Universal. França que, em sua evolução histórica, “abriu” seu leque de cidadania a emigrantes que veio adotar como nativos, conferindo-lhes direitos antes somente reservados aos “ditos franceses natos” – sendo que atualmente esses adotados tem assegurado o direito de “retornar” à sua pátria de adoção, em caso de havê-la deixado anteriormente... (No entanto, lamentavelmente, alguns dos terroristas que atualmente a atacam fazem parte deste contingente de beneficiários- como foi constatado nos dois grandes atentados promovidos por terroristas islâmicos - facções do EI)... França herdeira de uma tradição milenar de integração entre povos e nações... França acolhedora, divulgadora da Arte e da Cultura de cunho universalista... França renomada por sua reconhecida importância no Contexto Universal... Que atualmente participa de tratativas para o restabelecimento da paz e da harmonia universal junto a nações que reprovam e rechaçam o terrorismo – vergonhosa chaga para a Humanidade no atual estágio de Modernidade Civilizatória... Teria sido esse teu nobre gesto em prol da paz o desencadeante último das violentas agressões que sofreste?... Talvez não seja o único, mas o principal entre seus possíveis desencadeantes ocultos... Nessa situação, embora violentada em teu território e através da perda de teus filhos e cidadãos adotados, confirmas, mais uma vez o teu papel de nação heroica no contexto de todas as nações – inclusive daquelas que atualmente se rendem ao terrorismo como meio equivocado de luta e poder na conquista de sua (falsa) soberania... França heróica e acolhedora... Serás reconhecida pela tua condição inegavelmente civilizatória, defensora da paz e da harmonia universal... Da própria (re) humanização do Ser Humano Pleno, num futuro de paz e entendimento também plenos entre as nações... “Allons enfants de La patrie!... Le jour de Glorie est´arrivé!”    

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