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APUSM na mídia! Flamarion Trevisan comemora 50 anos de trabalho com exposição em Santa Maria
A Exposição do artista Flamarion Trevisan segue repercutindo na mídia santa-mariense. Desta vez, o destaque é na edição impressa e on-line do Diário de Santa Maria, pelo jornalista Patric Chagas.
A mostra é aberta ao público, com os horários de visitação das 8h ao meio dia e das 14h as 18h.
Confira a matéria na integra abaixou, ou pelo linc DIARIO SM:
Flamarion Trevisan comemora 50 anos de trabalho com exposição em Santa Maria
Santa-mariense, que vive em Florianópolis (SC), mostrará cerca de 30 telas - parte de seu acervo pessoal e cedidas por colecionadores

Mostra gratuita pode ser visitada até 16 de outubro no Salão Panorâmico da ApusmFoto: Jean Pimentel / Agencia RBS
Patric Chagas
A troca de meia dúzia de palavras basta para perceber, com clareza, o grau de relação entre Flamarion Trevisan e a linguagem artística que o acompanha desde a infância. Há quase três décadas morando longe, o pintor volta a Santa Maria para apresentar um apanhando de seus mais de 50 anos de produção artística. A exposição individual do santa-mariense foi aberta à visitação ontem, no Salão Panorâmico da Associação dos Professores Universitário sde Santa Maria (Apusm).
Nascido em 26 de janeiro de 1951, Flamarion traz engendrado em seu DNA o dom de transformar as inquietudes da alma em imagéticas ferramentas de reflexão. Um dos quatro filhos do nacionalmente prestigiado e multifuncional Eduardo Trevisan (1920-1982), o artista cresceu entre tintas, pincéis e cavaletes.
— Praticamente nasci dentro de um atelier. Portanto, acho que foi a pintura que me escolheu. Depois, soube que este era realmente meu talento e dediquei toda a minha vida à arte — comenta Flamarion.
Em 1983, Flamarion se formou em Desenho e Plástica pela UFSM e, três anos depois, mudou-se para Florianópolis (SC) com a família. Incansável, já participou de mais de 30 exposições coletivas e individuais. Ao longo de cinco décadas de produção, perdeu as contas de quantas telas já pintou. Para a mostra em Santa Maria, reuniu cerca de 30 obras que prometem traçar uma trajetória, não linear, mas, sim, algo como uma visão em perspectiva do traçado de seu caminho, como explica.
Por meio delas, o público poderá conferir a presença da figura humana que, muitas vezes, aparece simbolizada na imagem do gaúcho, marca do universo abstrato criado a pinceladas pelo artista.
A singularidade da obra de Flamarion é tamanha que não é preciso ser estudioso das artes para perceber em seus quadros noturnos a perícia com que equilibra sombra e luz. E nesse jogo de técnicas e sobreposições de cores, invariavelmente, seus personagens tornam-se seres iluminados. Apesar de acreditar fielmente que um artista não deve falar sobre seu próprio trabalho, Flamarion afirma que passeia por um expressionismo figurativo que namora com o surrealismo. Porém, para ele, escolher uma escola seria o fim.
— Sigo minha intuição, que é o que realmente me orienta. Sou um pintor com formação acadêmica, clássica, que não tem medo de abstrair e convidar o expectador, convocar quem olha a entrar no quadro, como quem atravessa uma porta simplesmente — explica o pintor.
A exposição em Santa Maria encerra um ciclo na trajetória de Flamarion. Há alguns anos, desenvolveu uma rigorosa e insuportável alergia aos solventes usados nas pinturas a óleo. A limitação imposta pela saúde acabou se tornando um marco em sua carreira, já que pintar com a mesma técnica de antes não é mais possível. Nada que faça sombra, no entanto, ao caminho de descobertas que se desnudou diante de seus olhos.
— Vou partir para outro tipo de pintura, que ainda não sei como será exatamente. Mas, certamente, será diferente, ou quem sabe não, do que sempre foi, sem medo. Acho que também tenho conhecimento de pintura suficiente para adentrar num novo mundo — revela Flamarion, que já tem feito suas experiências para seguir imerso em seu “maravilhoso carma” .
Fonte: Diário SM