É hora de rever

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E de uma hora para outra tudo imerso em águas, gerando um clima de desespero calamitoso. Vou me referir somente ao que tenho acesso pelas reportagens jornalísticas de algumas mídias e o que eu vejo é o descaso. Muita gente abandonando suas vidas para sobreviver. Sonhos, planos, investimentos econômicos, emocionais e de vida, tudo, literalmente indo água abaixo, deixando de ter qualquer sentido. Comoção, assistência voluntária e governamental, ainda bem, mas é muita destruição, muita desgraça humana e me pergunto se poderia ter sido evitada e um turbilhão de respostas percorrem a minha mente, mas, o que vejo, não tem explicação.

Como ainda podem existir fios elétricos pendurados em postes? Como se vivêssemos no início do século passado, quando a rede elétrica iniciou. Tantos investimentos científicos e os dutos de fornecimento de água, matéria essencial para a sobrevivência de qualquer ser vivo para não correr risco de morte.

E, é preservada da forma como vemos, uma intempérie, de fato, fora da curva, mas, deveria haver um cuidado a mais, considerando que as condições climáticas estão variando em todo o mundo e cada vez mais metrópoles são devastadas pela falta de sistemas preventivos de proteção a essas condições. Parece ter sido a falta de manutenção de equipamentos de prevenção de enchentes que favoreceu a inundação, porque uma enchente como a de 1941, não estava mais prevista, no entanto, os diques foram construídos para evitar o que estamos dramaticamente acompanhando.

Em nível planetário o cuidado sustentável pouco acontece e o que estamos envolvidos com essa enchente, sem contar as diversas outras, são entendidas como ocorrências sazonais e cíclicas. As orientações de cientistas sobre os cuidados que devemos ter, nestas indesejáveis oportunidades ganham palco para um show que não terá plateia tão logo os holofotes se voltem para outro espetáculo com um novo tema sobre a desgraça humana.

As guerras neste momento, pelo menos aqui no sul do país, ficam ao fundo enquanto que mais gente morre por lá, por causas que não explicam as explosões e nem o dilaceramento de milhares de corpos humanos. Que coisa triste essa forma milenar de governar aqui, acolá e o mundo todo. É hora de rever como a energia elétrica pode ser distribuída para não continuarem os fios dependurados colocando em risco vidas, seja uma, duas ou milhares. Tem gente morrendo eletrocutada e tudo parece ter que continuar sendo assim.

É hora de rever as medidas emergentes de proteção às cidades, aos estados, aos países e ao mundo. É hora de rever como olhamos uns para os outros, o que ofertamos e o que esperamos que nos retribuam. É hora de realizar muitas e muitas atualizações, e me pergunto por que não colocam a Inteligência Artificial a pensar sobre isso? Eu não tenho resposta precisa, mas me atrevo a crer que deve ser porque ela seria muito mais humana em suas soluções do que os humanos que estão gerindo o desenvolvimento mundial.

 

Caio Cesar Gomes

Psicólogo

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