Viver mais e melhor

Conexão 60

Hoje escrevo sobre um assunto que tem se tornado cada vez mais relevante em nossa sociedade: o viver melhor na longevidade. Certo é que quase todas as pessoas desejam viver mais e melhor. Viver mais no descuido, não tem sentido. Com os avanços da medicina, da psicologia, da tecnologia e de tantas áreas de suporte humano, estamos cada vez mais próximos de desfrutar esse objetivo. No entanto, a final, o que é a longevidade? Trata-se da capacidade de vivermos mais tempo com saúde, qualidade de vida e bem-estar. E para alcançarmos essa longevidade, precisamos nos cuidar em todas as fases da vida, desde a infância até a velhice. É necessário que este assunto seja tratado naturalmente, assim como aprendemos a escrever e a ler na escola, como aprendemos química e história. Aprender desde cedo, que conhecer sobre como a vida se desdobra na sociedade e como esta deveria estar preparada para dar suporte às diferentes fases do desenvolvimento humano é importante. Pois, cada uma dessas fases exige recursos adaptativos diferentes. É justamente na velhice que muitas pessoas acabam enfrentando problemas de saúde e limitações físicas e mentais. No entanto, o envelhecimento não precisa ser visto como uma sentença de problemas e limitações. Pelo contrário, podemos envelhecer de forma saudável e ativa, desde que adotemos hábitos e cuidados que nos ajudem a manter uma boa qualidade de vida. Esses ensinamentos é que se nota que pouco ou quase nada foram transmitidos. Quando se está na escola, parece que o envelhecimento é para as outras pessoas. O envelhecimento está distante e a impressão que se têm, pela imaturidade e pela falta de educação sobre isso, que é uma idade que não chegará. De tempos em tempos se nota que algumas transformações estão ocorrendo. Deixamos a escola regular, nos tornamos profissionais, almejamos conquistas, alguns de nós temos filhos e já nos separamos de um ou de alguns relacionamentos conjugais, porque para desfrutar destes também não fomos preparados e notamos, que o corpo, embora ainda jovial, está muito diferente de algum tempo passado. Entre hábitos e cuidados, podemos destacar a importância da alimentação saudável e equilibrada, da atividade física regular, do convívio social e familiar, da prática de hobbies e atividades que nos dão prazer, e do cuidado com a saúde mental, através de atividades como meditação e terapia. Além disso, no envelhecimento, também é importante se manter atualizado e engajado com o mundo ao nosso redor. Aprender coisas novas, participar de atividades culturais e sociais, e manter a mente ativa, são fatores essenciais para envelhecermos com qualidade de vida. O envelhecimento oferece liberdade para escolher aonde e do que participar. A sensação psicológica de estranhamento, não raro nesta etapa evolutiva, se manifesta e pode ser entendida como um mal psicológico. No entanto, pode ser decorrente do fato de que se passa a vida toda cumprindo mandos na escola, no trabalho, nas relações afetivas e em tantos compromissos obrigatórios assumidos e, quando nos percebemos soltos para escolher, sem alguém a fazer exigência, parece ser irreal. Na realidade é o nosso organismo – corpo e psiquê – estranhando a experiência de poder viver plenamente, pois, enfatizando, não foi ensinado sobre como desfrutar deste momento. O envelhecimento é permeado de emoções e são tantas, que por vezes parecem não serem possíveis de ser compreendidas e pode causar efeito inverso: em vez de gozá-las, por ficar represada, provoca angústia e a tendência é o retraimento. Cuidado este é um importante indicativo de depressão e de afastamento da vida. A longevidade com qualidade é um objetivo possível e desejável para todos nós, desde que cuidemos de nossa saúde e bem-estar em todas as fases da vida. Ao adotarmos hábitos saudáveis e nos mantermos engajados com o mundo ao nosso redor, podemos envelhecer de forma ativa e plena.

 

Caio Cesar Gomes

Gostou do Post? Compartilhe agora mesmo.