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Itaara ganha a 1ª Reserva Particular de Patrimônio Natural
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A reserva de Itaara têm sido frequente fonte de para diversos trabalhos acadêmicos, sobretudo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Foto divulgação Fundação Moã[/caption]
O esforço de ambientalistas que desde 2007 vêm desenvolvendo um trabalho de transformar uma área de Mata Atlântica no município de Itaara em uma unidade de conservação foi finalmente estabelecido.
Em 1º de julho, a Secretaria de Estado de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) criou, por meio da portaria nº 80, a Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Estadual MO’Ã, de propriedade da Fundação MO’Ã. O ato foi publicado no Diário Oficial do Rio Grande do Sul.
A área de 24 hectares doada pelos instituidores da fundação, Eleonora Diefenbach Müller e Rainer Oscar Müller localiza-se no Rincão dos Minellos, interior de Itaara.
"Desde criança tenho fixação pelo mato. Sempre fui influenciada pelo meu pai quando mexíamos na terra, lá em Jaguari. Transformar essa área em unidade de conservação é a concretização de um sonho. Foram muitas tentativas e muita burocracia. Estamos felizes, pois a área terá o destino que a gente se propôs que é a preservação ambiental e a pesquisa. Eu e o Rainer não temos filhos e pensávamos: o que deixaremos para a humanidade? A RPPN é um benefício para todos! _ orgulha-se Eleonora.
Segundo a presidente do conselho administrativo da MO’Ã e professora de Geografia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Eliane Maria Foleto, a reserva poderá incentivar iniciativas semelhantes:
"Os donos de propriedades podem perceber que a criação de uma RPPN não significa a perda da posse da terra. Essa unidade de Itaara passa a ser uma referência por pertencer à reserva da biosfera da Mata Atlântica, a qual tem reconhecimento internacional", ressaltou.
Área contribuirá para a construção de um corredor ecológico no Estado
Uma RPPN pode ser de posse de pessoa física ou jurídica, visa promover a proteção do meio ambiente. Uma vez instituída, tem caráter perpétuo e sua preservação é responsabilidade de seus proprietários.
De acordo com o diretor do Departamento de Biodiversidade da Sema, o engenheiro ambiental Gabriel Ritter, a RPPN é um legado.
Ele salienta também, o empenho do ambientalista Rainer Müller:
"A área irá contribuir para a construção de um corredor ecológico no Estado, recebendo um plano de manejo do que se pode ou não pode fazer por meio de pesquisas e da promoção da educação ambiental. A gestão de uma RPPN é privada e, infelizmente, o estado, não pode dar conta de tudo.
É importante dizer que sempre vimos o brilho nos olhos do Rainer durante essa luta. Se tivéssemos mais pessoas como ele, com certeza teríamos mais ações deste tipo, que garantem áreas eternamente preservadas para os filhos e netos do pessoal aí da região", enfatiza.
A reserva de Itaara têm sido frequente fonte de para diversos trabalhos acadêmicos, sobretudo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). São duas as RPPN que integram o Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC) do Rio Grande do Sul. A reserva MO’Ã é a primeira na região central e a segunda no Estado.
O projeto para criação da reserva teve apoio financeiro para execução do georreferenciamento concedido pela Fundação SOS Pró-Mata Atlântica. Os recursos são do Programa de Incentivos às Reservas Particulares do Patrimônio Natural da Mata Atlântica.
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O projeto para criação da reserva teve apoio financeiro para execução do georreferenciamento concedido pela Fundação SOS Pró-Mata Atlântica. Foto divulgação Fundação Moã[/caption]
*Assessoria de Comunicação - Fundação MO'Ã

